A Baixada Santista está em alerta para risco de deslizamentos de terra com a chegada de uma frente fria que avança pelo estado de São Paulo. Segundo a Defesa Civil estadual, o solo na região já está bastante úmido por conta das chuvas dos últimos dias, e a previsão indica precipitações contínuas e moderadas até a manhã de quinta-feira (9).
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o litoral paulista – incluindo toda a Baixada Santista – está sob alerta amarelo de perigo potencial para chuvas. Os acumulados podem chegar a 50 milímetros, com ventos de até 60 km/h. Embora o risco de alagamentos e queda de árvores seja considerado baixo, o principal ponto de atenção é o risco geológico, especialmente em áreas de encosta.
A frente fria chega após um dia de calor histórico em praticamente todo o Estado de São Paulo. Na segunda-feira (6), as temperaturas ultrapassaram os 40 °C em cidades como Santos, sob influência de um sistema pré-frontal – fenômeno que antecede a chegada do ar frio e provoca aquecimento intenso e sensação de abafamento.
Com o avanço da massa de ar frio, a Baixada Santista apresentou queda nas temperaturas e chuvas persistentes, condição que aumenta o risco de movimentos de massa, como deslizamentos, principalmente em comunidades localizadas em morros e áreas de vulnerabilidade.
Além disso, o Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas da Universidade Santa Cecília (NPH-Unisanta) e a Sala de Situação da Baixada Santista emitiram alerta para mar agitado e maré elevada até a manhã de quinta-feira (9).
A Defesa Civil orienta que moradores de regiões de risco na Baixada fiquem atentos a sinais de deslizamentos, como trincas em muros e pisos, portas e janelas emperradas e barulhos vindos do solo. Em caso de emergência, a recomendação é acionar imediatamente o órgão pelo telefone 199.
No restante do estado, o tempo segue instável. Na Capital, o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) prevê pancadas de chuva moderadas a fortes até sexta-feira (10), com possibilidade de rajadas de vento e alagamentos pontuais. Já no interior, as chuvas devem ocorrer de forma mais irregular e localizada, segundo o Climatempo.
Deixe sua casa imediatamente se:
- Identificar rachaduras em muros ou paredões. As fissuras podem indicar instabilidade na estrutura de casas e encostas.
- Perceber escoamento de água barrenta de encostas. Isso pode ser sinal de um deslizamento de terra prestes a acontecer.
- Ouvir estalos em blocos e rochas ou ver trincas em solo ou nas paredes. Essas movimentações também podem sinalizar um deslizamento. Se estiver dentro de casa, observe se as janelas e portas ficaram emperradas, pois isso também pode sinalizar risco estrutural.
- Ver postes ou árvores inclinados ou muros “com barriga”. Essas deformações são indicativos de deslocamento do solo ou estrutura comprometida.
- O número da Defesa Civil de São Paulo é 199 e ele deve ser acionado em todas as situações acima. Outro número importante para se ter em mãos é o do Corpo de Bombeiros: 193.
Ações preventivas podem ajudar
Previsões meteorológicas e alertas da Defesa Civil podem ser acompanhados pela internet. Os órgãos sinalizam áreas de risco pelas redes sociais e também por SMS, em alerta sonoro.
Prepare um kit de emergência. A Defesa Civil da cidade de São Paulo orientou que moradores em áreas de risco tivessem sempre em mãos uma mochila com água potável, lanternas, pilhas, alimentos e um kit de primeiros socorros para situações nas quais serviços essenciais fiquem suspensos.
Mantenha documentos importantes em áreas de fácil acesso e em locais altos. A Defesa Civil também orienta que a população mantenha calhas e ralos limpos e evite jogar lixo nas ruas.
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